A Apple lançou nesta semana uma atualização nos Macbooks Pro de 15 polegadas, com direito ao modelo mais avançado da família saltando de um processador Intel Core i7 no ano passado para um Core i9 neste ano. A lógica diz que isso seria um salto de desempenho, mas curiosamente, testes mostraram exatamente o contrário em algumas tarefas.

Isso acontece por um motivo bastante simples: gerenciamento de calor. Ninguém discute que o Macbook Pro é esteticamente atraente, mas esse visual fino não favorece a dissipação do calor, fazendo com que os componentes aqueçam, correndo risco de serem danificados. Com o Core i9 produzindo mais calor, a solução encontrada pela Apple foi limitar a capacidade de processamento para evitar superaquecimento.

Essa diferença entre o Core i9 deste ano e do Core i7 do ano passado fica evidente nos testes do youtuber David Lee, que realizou a comparação de uma tarefa de renderização de vídeo no Premiere Pro. A mesma ação foi realizada nos dois processadores, e o Core i7 concluiu o projeto com quatro minutos de vantagem sobre o i9 (35m22s contra 39m37s), o que, em condições normais jamais deveria acontecer.

Para provar que o problema reside especificamente no gerenciamento de calor do novo Macbook, ele colocou o notebook com o Core i9 para realizar a mesma tarefa dentro de um refrigerador. O tempo necessário caiu significativamente para 27m18s.

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O resultado favorável ao i7 de 2017 (geração Kaby Lake) contra o i9 de 2018 (geração Coffee Lake) é preocupante porque a nova geração tem até mesmo um maior número de núcleos do que a anterior, com uma contagem de 6 contra 4. A análise também mostrou que o i9 no Macbook Pro é limitado a um clock de 2,2 GHz, enquanto a velocidade mínima anunciada é de 2,9 GHz, alcançada apenas com o computador no congelador.

Esse caso também serve como um alerta de que não são apenas os componentes que contribuem para um bom desempenho de um computador. A forma como eles são organizados de modo a extrair o melhor de cada peça também é importante.

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